quarta-feira, 24 de novembro de 2010

olhos de ressaca

angélica t. almstadter
 
mataram meu humor
na curva de uma palavra
o riso ficou pendurado
num canto sem graça da boca
 
minha voz foi encoberta
pelo som dos silêncios
entreolhados cúmplices
 
meus olhos pensos
soluçaram de dor
e não mais sairam
do porta-retratos da sala

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